quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tem-se o ruído da chuva como referência, obtém-se o respeito pelo trovão e pela sua luminosidade, o desejo pela escrita aumenta e o papel de escritor encaixa perfeitamente no próprio .. Mas tudo pode não passar de uma pequena fantasia, de um sonho idealizado que foi irrealizável pela falta de oportunidade que lhe foi atribuída então assim: escreve ...

Não tem olhos azuis, é inimigo dos que querem ser bonitos, não busca pela perfeição, mas quando pisa a chuva que logo de seguida toca o solo, molhando os sapatos de transeuntes que passam na rua num passo apressado e cuidadoso, este simplesmente sorri.

Sorri em casa, num tom de egoísmo por estar em total repouso no seu lar revelando o riso uma falta de oportunidade para ajudar quem precisa na rua sem protecção para a chuva torrencial existente na via, encharcando quem quer e quem não quer, passando assim a conter o sorriso falso e passando agora, então, a reflectir sobre o sucedido.

A chuva é um misto de felicidade e arrogância protegendo quem sofre, e acolhendo quem está para sofrer.

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