sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Já não saltas...

Já não saltas. Como que perdeste a força irónica que possuías quando mais choravas. Um chamariz que não mexia comigo, só apelava ao desprezo e á falta de confiança que se apoderava na relação longa, mas passível de cair a qualquer momento.
Medo, ilusão e perda na consciência distinguir o bem do mal, amor incondicionalmente partilhado, uma lágrima saudável e caída da profunda tristeza que sentias, todavia tudo isto é uma ofensa linear, pois nada faz parte do teu potencial poder de amar. Tu não choras, tu derramas lágrimas essenciais ao teu bem estar, és vil, uma má pessoa que gosta de ser mal tratada, para que no futuro lhe possa ser atribuído o rótulo de "mulher que sofre nas mãos masculinas". Mas não.
Esta "mulher" torna-se impotente e com falta de desejo de viver, simplesmente porque odeia ser bem aconchegada ser chamada de amor, ter uma pessoa que a acompanha para o todo o lado, que está sempre com ela e tem medo de a perder.
Como se num sonho obrigado, que se rege como um pássaro voador, feliz e autónomo, mas que perde a virtude de poder voar e de ser livre quando este fica sem aquilo que o faz mais feliz.
A mãe Natureza é madrasta para quem ousa mentir, oferecer algo que não é verdadeiro, e para quem não sabe falar de algo submisso á ordem da verdade, é brutalmente castigado mais cedo, ou mais tarde.
O texto não vai identificar o sofrimento que esta degradante, infeliz e intitulada "mulher" fez passar á pessoa que a fez amar de novo, de forma como esta nunca teria sentido por ninguém, em tão pouco tempo. São estas as palavras saídas da mesma boa hipócrita que o beijou, e são as mesmas palavras que foram ouvidas com muito carinho e atenção embora agora se esteja em dúvida se estas estariam, na ausência da verdade.
O pássaro, um ser não pensante que é irrealista e utópico, inventor da mentira que faz dele um animal adoravelmente negado pelo seu poder persuador, no que toca á reforma da verdade.

.Texto escrito na aula de Português - 22/02/2010.

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