domingo, 12 de dezembro de 2010

Amor de Verdade...

Deixam um rasto que me apazigua. Um barco perdido, num oceano imensamente grande, repleto de gotas de água salgada, que desejam solenemente levitar num sopro de vento, era assim desta forma que me sentiria na ausência deles.
Estão sempre lá, no momento certo; sempre estiveram quando precisei de um carinho e de um apoio vindo deles. Não negam nada , a menos que vejam, e pela vasta experiência que possuem são capazes de ver para além do presente, que não vale a pena ter, chorar, ou sofrer por esse alguém.
Também sofreram com erros crassos que cometi ao pensar que já era independente o suficiente para tomar as minhas próprias decisões, que podia ser responsabilizado por os meus actos irreflectidos e errados por consequência, mas tenho a certeza que o sofrimento deles não foi em vão, sei que errar é humano e dignifica se entendermos os erros que cometemos, os percebamos e então aí não os repetirmos novamente.
O orgulho que sinto por ambos é eterno, mágico e infinitivamente grande. O desejo que se sente para que nunca se vão é capaz de encher o olho por lágrimas involuntárias que cegam e não deixam ver o texto que se quer escrever, pela certeza que algum dia pela lei da vida, vão-se mudar para um sitio melhor, um sitio em que a paz reina, e que ambos merecem incondicionalmente. Note-se a confiança do escritor ao querer transparecer que são Avós na Terra, e serão Anjos no Céu.
Foram eles que me estenderam a mão quando deixava de acreditar mesmo sem eles saberem, são eles que ainda hoje me fazem levantar da cama de manhã cedo com o simples intuito de os ver, beijar e dizer bom dia.
O tom de voz inconfundível, as piadas que se contam quando menos se está à espera, o passado negro mas que com eles se tornou algo com brilho e que me orgulho fazem deles o que são hoje. Sem o Grande, entenda-se grande pelo espírito, coração e filosofia de vida e não tamanho, estatura ou físico, não seria capaz de juntar duas letras e escrever um agradecimento por terem nascido e por me educarem desta forma tão calma e tão especial com a ausência de gritos e faltas de respeito; sem a Pequena, desta feita entenda-se pequena pelo seu físico, pela sua baixa estatura, mas Enorme pela confiança, educação e conhecimento da vida, não me encontrava aqui pois foi ela que me alimentou, que me deu carinho juntamente com o seu marido, me deu o que mais precisei diariamente e esteve lá quando tinha dificuldades em respirar nos primeiros tempos que conheci esta vida madrasta e isso eu nunca vou esquecer.
Amo-vos Incondicionalmente, sem pedir nada em troca, só e somente o vosso amor e a vossa eternidade dentro de mim, porque não estando cá fisicamente, não deixam de estar presentes pois levo-os sempre no orgão que bate fortemente quando rio com vocês, quando estou com vocês: quando respiro simplesmente.
Sou um neto orgulhoso dos avós que sempre tive, e a quem devo um agradecimento especial.

Obrigado. 


Obrigado por tudo 


2 comentários:

  1. Este é o texto mais tocante que já li. :) é o texto de amor dos nossos mais que tudo, é uma homenagem tocante, e eles um dia teem de ler isto, bem que merecem :)

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  2. Posso dizer q me vieram as lágrimas aos olhos, Bruno.

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